quarta-feira, 31 de março de 2010

Falha de motor e e aterragem forçada. Há que estar preparado para essa eventualidade.

Uma situação que poderá acontecer a qualquer um, é uma falha de motor da aeronave à descolagem ,  ninguém deseja esse incidente  mas devemos estar alerta para tal eventualidade e ter presente algumas medidas que devem ser tomadas  imediatamente. As linhas que se seguem são uma tradução pessoal do manual (inglês - USA) do meu velho Quicksilver, mas que poderá servir como exemplo para outros ultraligeiros de asa fixa, pois os processos de voo são semelhantes.
Se ocorrer uma falha de motor durante a descolagem na pista, a coisa mais importante a fazer é tentar parar o avião na pista que ainda restar à sua frente. A primeira resposta a dar na falha de motor, abaixo dos 100 pés (30 metros) AGL é baixar o nariz do avião prontamente  e estabelecer a melhor velocidade de planeio para esse avião, de acordo com o uso ou não dos Flaps (ver as velocidades no manual do avião para os dois casos). Em muitas situações a aterragem deverá acontecer logo nos primeiros metros à sua frente com ligeira correcção de proa, para evitar obstáculos. A primeira intenção  é tentar aterrar o mais suave e com precisão dentro das possibilidades que nos são deparadas.
Assim que falhe o motor em voo, a velocidade de planeio deve ser obtida imediatamente, não esquecer.
Enquanto planar para um campo livre à sua frente deverá tentar perceber a causa da falha. Se tiver tempo para isso, deverá tentar pôr o motor a trabalhar (conforme checklist). Se não conseguir  pôr o motor em funcionamento deve aterrar assim mesmo, com o motor desligado.
Seleccione o campo livre e prossiga para lá. Se a altitude permitir manobre sobre o sítio que deseja aterrar a uma altitude de 500 pés (152 m) acima do solo na direcção da aterragem pretendida. Esta é  considerada  a (high key).Se a altitude não permitir entrar nesta (high key) então manobre para a (low key) 300 pés, paralelamente ao ponto da  "pista " onde irá aterrar (como se  estivesse em vento de cauda) antes de voltar para a perna base, daqui vá voltando para a  (Final key) 100 pés AGL (30 m) exactamente como numa final de circuito, alinhe com a zona de aterragem e execute o tipo de aterragem necessária para o comprimento do campo disponível.O treino desta manobra deverá ser executado em (idle) e usando as duas posições  chave (High e Low keys )e num espaço á sua volta que permita grandes erros de avaliação.
Deverá ainda comunicar a sua emergencia via rádio (121.5 Mhz) ou na frequencia que estiver a operar com uma comunicação do tipo:

“Mayday, Mayday, Mayday.
Aqui CS-U.. , CS- U.. , CS-U...
Falha de Motor.
Duas milhas a sul de Peniche.
Aterrando em campo agrícola.
Dois passageiros
CS-U...”



O link que se segue tem um desenvolvimento bastante pormenorizado sobre o tópico de hoje, embora esteja em inglês: http://www.langleyflyingschool.com/Pages/Forced%20Landings.html

Sem comentários:

Enviar um comentário