quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Duo Shortcut no ar

Habitualmente somos dois amigos que se juntam para tocar, ora temas originais, ora "covers".Habitualmente tocamos em "casórios", hoteis,bares, festas de todo o tipo, em ambientes muito diversificados, resumindo tocamos um pouco de tudo.Temos a música em comum como paixão, apesar do dobro de diferença de idade entre nós, tipo pai e filho, conseguimos manter uma excelente relação.Como a música proporciona um espírito jovem daqueles que fazem disso a sua profissão, concluo que a diferença atrás mencionada não seja assim tão grande.Para além desta paixão, existe da minha parte outra, talvez maior, que é a de voar.Lamentando por vezes não o ter feito profissionalmente, voar é daquelas coisas que sentimos e não sabemos bem explicar as razões desse desejo, talvez essa vontade de nos sentirmos livres, de viver com intensidade.Sei que que me persegue desde miúdo e mesmo estando afastado durante alguns anos desta prática, sempre vibrava quando via uma aeronave passando por mim, quando viajava numa linha aérea, à pendura num ULM de um amigo,ou ainda e tão só vendo na TV.
Shortcut, assim se chama o nosso duo musical, acordou cedo nesta quinta-feira.Hora prevista de saída 8:30h, para chegar ao aeródromo de Óbidos uma hora mais tarde e aproveitar o bom tempo da manhã, já que a previsão meteorológica para tarde não era animadora.O meu amigo só tinha voado uma vez para os Açores na TAP / SATA por ocasião de uma nossa actuação na bela ilha das Flores. Este seria o seu primeiro voo num ULM, creio que estaria um pouco ansioso, como é normal. Pelas 7:25h, ainda estava deitado e já recebia uma SMS dele «...o tempo está nublado, vais na mesma ou não?» Lá respondi que sim, que deveria melhorar, o que veio a acontecer.Chegados ao aeródromo, avião para fora do hangar, combustível, inspecção 360º, lá fomos nós para o ar numa magnífica manhã de Verão. A paisagem é soberba sobre a Foz do Arelho, rumámos a sul pela linha de costa, Baleal, Peniche e depois rumo inverso, num voo muito agradável, sem turbulência e com o Rotax a trabalhar muito «redondinho». Aterrámos e o meu "camarada de armas" pensava que só tínhamos voado dez minutos, apesar da meia-hora larga no ar, fez-me recordar os primeiros voos há muito tempo atrás, que passavam tão rápidamente que nem dava conta.De facto tinha sido um voo curto acabando por concordar.Algumas fotos para recordar e uma "Paelha" já no regresso a casa.A boa disposição imperava, mais uma vez o voo fez lembrar uma qualquer actuação musical conseguida e a alegria que nos toma posteriormente. Tal como a música, voar serve perfeitamente de "terapia" para qualquer pessoa, gostando mais, ou menos de máquinas voadoras.Que possamos ter muitas manhãs iguais a esta, desfrutando do nosso clima, da nossa paisagem e da nossa amizade.

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